quarta-feira, fevereiro 28, 2007




















Adiado devido ao futebol.
Pois...

domingo, fevereiro 18, 2007

Cinema

Deste há uns dias atrás encontra-se para aluguer numa cadeia de clubes de vídeo o documentário “Uma Viagem Pelo Cinema Americano” de Martin Scorsese.

Já conhecia o talento de Scorsese no género documental. Vi o episódio dele da série “The Blues” e também o “Bob Dylan - No Direction Home”. Agora, no que acabei de ver, para além desse talento se reflectir em cada passagem, ressalta à vista a sua enorme paixão, o seu amor pelo cinema!
Martin Scorsese viu certamente milhares de filmes. O seu imenso conhecimento sobre imagem em movimento foi um dos aspectos que me maravilhou neste documentário. Por outro lado, conseguiu tornar entendível a qualquer pessoa, quer alguns aspectos mais complexos das câmaras e do que está à frente e atrás delas, bem como os meandros de Hollywood e as mudanças que têm vindo a ocorrer em mentalidades tantas vezes apenas movidas pelo dinheiro.
M.S. dá-nos também a possibilidade de ver e perceber o quanto o cinema evoluiu através de obras ditas “menores”, feitas com poucos recursos quer técnicos quer financeiros. Mostra-nos bocadinhos, alguns deliciosos, de algumas dessas obras esquecidas. Num exemplo, posso dizer que me maravilhei com o que alguns cineastas “outsiders” na década de 50 conseguiram fazer com uma miserável câmara, e duas matérias facílimas de encontrar: sombra e luz. Desde quadros de horror até à mais bela poesia. Haja imaginação e talento!
Scorsese faz também a história das diversas correntes cinematográficas nunca incorrendo no erro de as isolar. Pelo contrário mostra-nos as interligações, os pontos comuns, faz-nos ver que nada vive isolado, tudo se toca e que não são poucas as vezes em que essa comunhão fascina.
Neste documento constam ainda preciosos testemunhos de Orson Wells, John Ford, Nicholas Ray, Clint Eastwood ou John Cassavetes, entre vários outros.

Adoro cinema.
Ao ver este documentário senti uma espécie de divisão interior. Se por um lado fiquei imensamente contente por o ter visto, ao mesmo tempo, e numas rápidas contas de cabeça, pude constatar o seguinte: mesmo que visse 4 horas de cinema por dia e vivesse até aos 100 anos, não teria tempo para ver (e rever!) tudo o que gostaria. Esta condição de ser humano é tramada. Vou ver se arranjo outra… ;)

De qualquer forma:
“Uma Viagem Pelo Cinema Americano” de Martin Scorsese – RECOMENDO VIVAMENTE!

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Lógica

– Pai, ontem sonhei que tu eras de chocolate.
– Ahn????
– Pois… é isso.
Esperei mas ela não adiantou mais nada. Apercebi-me que aquele era o tipo de silêncio de quem se sente comprometido.
– E então, o que aconteceu depois? – perguntei.
Mais uns momentos de silêncio,
– Bem, a certa altura tu ias a fugir.
– De quem?!
– De mim e do Pantufa.
– O quê? Que me queriam vocês fazer?
Estávamos ao telefone mas quase consegui vê-la corar.
– Comer-te.
Inventei uma resmunguice e, sempre brincando, refilei com ela dizendo coisas do género: – Que filha a que eu tenho que me transforma em chocolate e depois me quer comer. – E por aí adiante.
Ela interrompeu-me.
– Mas, ó pai, tu não entendes? Tu sabes muito bem que não resisto a chocolate. Por outro lado, eu gosto muito de ti e como também gosto muito de chocolate faz todo o sentido que tenha juntado as duas coisas numa só. É ou não é?
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Certa lógica não há que rebater. Há que abraçar.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Estrelas

Corpos nus envolvem-se e do contacto nasce luar. Calor e luz no retirar do espaço que havia antes. Liberta-se a aura de matéria estelar que nos compõe. Um e outro redescobrem na fundição o clarão a que se chama vida. Chegamos mais perto de nós e deixamo-nos fazer parte de tudo o que existe: somos o cosmos.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Factos:

- há pessoas a quem é necessário pôr juízo na cabeça.
- há pessoas a quem é necessário retirar juízo da cabeça.